Vang Vieng é uma província muito pequena de Vientiane, capital do Laos, que é capaz de deixar qualquer um apaixonado pelo lugar. Pra quem gosta de natureza é um prato cheio e pra quem gosta de loucura, também. E pra quem não gosta de nem um, nem outro, também, difícil não gostar do lugar. Assim como Luang Prabang, Vang Vieng não deve deixar de ser visitada no Laos.
A cidade é conhecida pelo tubing. Mas o que é isso? Basicamente, você aluga uma boia no centrinho de Vang Vieng por 55 mil kips (U$ 7) e um tuktuk te leva até um bar, que é o ponto de partida para descer o rio Nam Song. Durante o percurso, que demora entre 1h e 3h – dependendo do nível de água – tem uns 5 bares e você pode ir parando neles pra tomar um goró. Os locais ficam ali com uma cordinha só esperando a galera passar e puxar todo mundo pra dentro dos bares. É só acenar que eles jogam a corda.
A verdade é que a boia é só um pretexto pra encher a cara em um lugar diferente. A maioria dos turistas ficam ali no primeiro bar um tempo tomando pinga, vodka, cerveja e depois segue para o próximo bar. Nós não esperamos a galera, saímos antes e paramos num outro bar pouco mais a frente, coisa de 3 minutos de distância. Tomamos um drink por lá e fomos em direção ao próximo. Mas, cadê o próximo? Os bares são todos um do lado do outro, então não rola aquele negócio de beber uma aqui, dar um rolê pelo rio e parar ali mais na frente pra tomar mais uma. Então, é o seguinte, escolha um – no começo ou um pouco mais pra frente – e fique nele até cansar.
A gente aproveitou mesmo o visual do lugar, rodeado de montanhas verdes e aproveitei para dar um mergulho nas águas doces do rio. Foi muito agradável, mesmo nos decepcionando um pouco com os bares.
Outro lugar que ouvimos falar bem é o Blue Lagoon, mas não nos encantou. Achei que ia encontrar um belo dum rio, com águas cristalinas, mas não foi bem isso. Achei o lugar meio feio e é nada mais do que uma piscina natural em que as pessoas ficam saltando de um galho de árvore. Lá também tem uma caverna, no alto de uma montanha que rodeia o lugar. Pra entrar lá é preciso de uma lanterna. Também não nos animou subir, ficamos 5 minutos e partimos.
Van Vieng também tem suas cachoeiras, mas é um pouco afastado. A melhor forma de andar por lá é de tuktuk ou a pé mesmo. Até alugamos uma moto pra ir até o Blue Lagoon, mas pensa numa cidadezinha que só tem rua de terra. Imagina andar tudo aquilo de moto, foi meio chato porque tinha que ir bem devagar.
Noite libera geral
A noite de Van VIeng é agitada e é onde você vê os loucos pra todo lado. Uns emendam a cachaçada do tubing com a noite, outros aproveitam só a noite, mas sempre tem gente bebassa pelas ruas. Mas, convenhamos, você pode tomar um bucket de whisky + coca por 30 mil kips (U$ 4). É muito barato. Coitada da população, que deve ficar horrorizada com o bando de maluco passando nas ruas.
Além disso, drogas são vendidas descaradamente, como se fosse um pedido normal num bar. Alguns bares chegam a oferecer até um “special menu”. Maconha, ópio, LSD, tudo ali na maior normalidade.
O lugar mais famosinho de Vang Vieng é o Sakura Bar. Começo de noite é open bar de vodka e suco ou refrigerante. Ali é tipo uma baladinha, ficamos umas 2 horas lá e partimos pro nosso barzinho mais sossegado, com mesa de pebolim e onde nos sentimos bem. Só não espere virar a madrugada nos bares, a noite começa umas 20h e acaba meia noite.
E depois de uma noitada, sempre bate aquela fome. Em Vang Vieng estão as panquecas mais deliciosas do mundo. São várias barraquinhas, vários sabores, é muito bom. Não lembro de ter comido uma panqueca tão boa. Além de ser incrível, custa apenas 25 mil kips (U$ 3).
Saí de Vang Vieng com a impressão de que é uma cidade só para loucos. Mas, é claro, vimos pessoas de todas as idades e o que vale mesmo por lá é a natureza que envolve a cidade, um lugar incrível pra relaxar.