Monte Ararat

Monte Ararat

Por Mateus Carvalho²

A Armênia é um lugar pouco visitado por turistas. Mesmo para os paulistanos acostumados a ouvir “estação Armênia” no metrô o país é meio desconhecido,  mas que está lá prontinho pra receber as pessoas. Chegamos lá com pouquíssimas informações e descobrimos que é um país que pode ser incluído nos roteiros principalmente pra quem curte história e mosteiros. Única coisa que eu sabia é que era um dos países do Cáucaso.

Ficamos no país somente 5 dias e até ficaria mais uns 2, 3 dias pra conhecer as cidades mais distantes da capital Erevan, onde ficamos hospedados o tempo todo. Decidimos fazer assim porque você consegue viajar para muitos lugares da Armênia no esquema bate-volta. É pequeno e tudo você faz de ônibus e metrô.

O que mais me chamou a atenção foi a culinária. Simplesmente muito boa. É uma mistura que envolve pães, comida árabe e ocidental. E lá o povo gosta disso, gosta de se sentar à mesa, pedir vários pratinhos pequenos, uma garrafa de vodka e ficar lá por horas conversando e enchendo a cara. Lembra bem o nosso jeito brasileiro de curtir restaurante. E o bom é que o preço é bem acessível.

Erevan

Noite em Erevan – Praça da República

O frio também estava presente, mas um friozinho agradável que chegava no máximo a 6 graus. Dá pra andar tranquilamente pelas ruas, até porque não tem aquele vento gelado igual o que tem na Rússia.

Mas o que realmente tem pra ver lá? É mosteiro pra cacete, mas mosteiros muito históricos e em regiões privilegiadas, com vistas de tirar o fôlego. A Armênia tem o Monte Ararat, montanhas nevadas que servem de cenário para alguns mosteiros do país. Tem também a triste história do Genocídio armênio, que está começando a ser reconhecido pelos países. Mas isso a gente conta depois.

A arquitetura é também bem característica, com casas de pedras e estilos que variam entre o período Otomano e a União Soviética, que por sinal é bem lembrada por algumas pessoas. Tem muita gente que gostava de viver no período da União Soviética, que é até compreensível pelo estilo de vida deles.

Mosteiro Armênia

Mosteiro de Khor Virap

Uma dica importante para quem quer ir para lá é ficar em algum hotel ou guest house em que alguém fale inglês. A língua é uma barreira, pouquíssimas pessoas falam inglês, mas mesmo assim eles estão sempre dispostos a ajudar. Mesmo falando em russo, eles tentam ajudar de alguma forma.

Pra nossa sorte, ficamos em uma guest house de uma família muito agradável e muito atenciosa. Nos deram todas as dicas do país e nos ajudavam em tudo o que a gente precisava, principalmente com transporte. É sempre bom também levar o nome das ruas escrito na língua deles. Muita gente não entende o nosso alfabeto.

Visto para Armênia

Chegamos na Armênia via aeroporto, vindo da Rússia. Brasileiros precisam de visto para entrar no país e você pode retirar seu visto na chegada. Não tinha absolutamente ninguém na fila de visto e foi bem tranquilo. Pagamos U$ 6 e passamos pela imigração, que também foi bem tranquilo.

Visite a Armênia, vale a pena.

Mala ou Mochila? A Armênia até que tem uma boa infraestrutura, então você pode levar uma mala tranquilamente. E já aproveite para visitar outros lugares do Cáucaso, como Geórgia e Azerbaijão.

Onde ficamos? Glide Hostel. Apesar do nome ter “hostel”, é mesmo uma guest house familiar. E recomendamos muito o Glide, é próximo do metrô, boa região, café da manhã muito gostoso e uma família muito simpática. Nos ajudaram muito. Pagamos U$ 20 a diária.

Pesa no bolso? Não. Nossa média de gasto foi de U$ 50 por dia. Isso porque todos os passeios são “free”, o que ajuda muito. E as comidas e hospedagem também são bem em conta.

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