Na Brancato
Decidimos ir para a Ucrânia na Eurocopa 2012, que foi sediada lá e na Polônia. A viagem para Ucrânia ao invés da Polônia foi escolhida pelo simples fato dela não pertencer a União Europeia e nem tampouco estar completamente ligada a Rússia como na época da União Soviética, o que nos despertou a curiosidade de saber como é lá.
A Ucrânia tem ganhado espaço na mídia pelos seus recentes confrontos políticos, justamente por estar entre a Europa e a Rússia, e não se decidir para onde ir.
Pois que um ano antes desses acontecimentos, não conhecíamos absolutamente nada sobre a Ucrânia além do Shevchenko e aí que começou a graça. Certamente era uma ótima oportunidade, já que a Eurocopa nos forneceria o mínimo de segurança e estrutura para se conhecer um país tão diferente e recentemente aberto ao turismo.
Encontramos um país um tanto quanto atrasado, e para não dizer pobre, um país que parou na época dos confrontos pela sua independência, que só aconteceu de fato em 1991. Ruas cercadas de mato, edifícios antigos e muitos mal cuidados, e pouquíssimas pessoas falando em inglês.
Não podemos dizer que a globalização lá não chegou, até porque todos se vestem de Adidas, mas o turismo com certeza ainda não é o ponto forte do país. Mesmo assim, nos aventuramos e conhecemos pessoas incríveis e hospitaleiras, e o futebol como um dos motores para fazer o país se reerguer.
Ucrânia é um ótimo destino como uma ponte para quem quer sair do roteiro da comunidade europeia e conhecer um pouco mais sobre a antiga União Soviética. Está lá, cheia de história, entre a Polônia e a Rússia.
Fizemos duas viagens de trem noturno, de Kiev para Kharkiv e de Donetsk para Kiev. Na primeira delas, dividimos cabine com um casal de ucraniamos de meia idade que realmente se esforçaram para manter uma conversa. Mas, a única palavra que nos era familiar era “vodka”. Recebemos deles uma moeda comemorativa da Eurocopa. Aliás, a moeda deles é a “Hryvnia”, que só circula no país.
É possível andar de metrô em todas as cidades. São trens bem antigos, mas sempre, sempre olhe para cima ao entrar em uma estação. A arquitetura da época dos czares vai te encantar! Quase ninguém fala inglês e eles não estão preparados para receber os turistas, então, prepare a mímica.
Não se assuste com a quantidade de comida dos restaurantes. Em todos eles a comida veio bem regulada, ao ponto de pedirmos uma porção de isca de frango e vir 3 isquinhas. Não sei se eles passaram por um período de recessão ou se demos azar, só sei que praticamente passamos fome. Ora era pouca comida, ora o cardápio era ucraniano e o que nos chegava à mesa era sempre uma surpresa.
Como entrar no país
Apesar da cara brava e fechada dos ucranianos (muitos deles), para entrar no país não é necessário nenhum visto ou procedimento. Basta chegar com o passaporte e mostrá-lo na imigração.
A percepção que vocês tiveram da Ucrânia foi superficial. Existe uma grande diferença entre Leste, Oeste e Sul do país. Kiev é uma cidade linda e cosmopolita, há muito o que se fazer lá. Cidades que eu recomendo para estrangeiros visitarem além de Kiev são: Lviv, Ternopil, Uzhgorod, Chernivtsy, Yaremche, Kamyanets Podilsk, Truskavets, Ivano Frankvsk, Odessa e Prypiat. Além de outras cidadezinhas dos Cárpatos como Svaliava, Stryi, Sambir, Khust e Mukachevo.
Olá Leonardo!
Sim, a percepção de um turista é sempre superficial e deixamos isso sempre claro aqui. É o impacto de 4 ou 5 dias de viagem. Não nos aprofundamos na cultura ou conseguimos explorar de fato as cidades da Ucrânia. Esperamos voltar um dia e conhecer as outras cidades que você sugeriu! Abraços!
valeu pelas dicas