Por Mateus Carvalho²
Ê Moscou, como você é cara hein… Até por isso precisamos nos virar para saber o que fazer em Moscou em poucos dias. Mas eu já sabia, não posso reclamar desse fato. E tem mais, se tivesse dinheiro sobrando gostaria de passar muito mais tempo no país e visitar São Petesburgo, que dizem que é maravilhoso. Projeto Copa 2018.
Ficamos 4 dias na capital russa e acredito que seja o suficiente para conhecer tudo. Na verdade foram 3 dias cheios – chegamos tarde e fomos embora do país cedo – para visitar os locais que queríamos e posso dizer que a Rússia nos surpreendeu em todos os sentidos. Só não nos preços…
Abaixo um breve resumo do que fizemos na cidade em 72 horas. Antes de tudo tive que ir numa loja e comprar um casacão. Chegamos lá com -2 graus e eu com um casaco estilo saco de lixo pra aguentar aquilo. Num deu.
Catedral de São Basílio – Aqui é o cartão portal de Moscou e uma das arquiteturas mais bonitas que eu já vi na vida. Parece um desenho, é muito bonito, o formato, as cores, tudo. A basílica ortodoxa foi construída a mando de Ivan – O Terrível após a vitória em uma batalha. Para entrar paga-se 300 rublos ( quase U$5), e vale a pena a visita.
Kremelin – É a sede do governo russo e seus muros também dão para a Praça Vermelha, local onde está a Catedral de São Basílio. Porém, a entrada(que é paga) é do lado oposto. A fortaleza começou a ser construída no ano 1156 e hoje abriga vários palácios, catedrais e prédios de administração pública, como o Senado. É lindo passear lá dentro, mas ficamos um pouco decepcionados porque não se pode entrar em muitos edifícios, apenas as igrejas,e se comprar um ingresso mais caro, o museu. Queríamos conhecer o Grande Palácio, ou aquelas salas onde o Putin concede entrevistas, mas nada é autorizado.
Estações de metrô – Todo mundo diz que as estações mais parecem um palácio. E não é que é mesmo? Todas elas são muito históricas, com decorações que remetem a União Soviética. Certamente você vai precisar andar de metrô.
Inclusive, parece difícil andar de metrô porque é tudo em cirílico. Mas depois de andar umas duas vezes você começa a se ambientar com as letras. O mais importante é lembrar da sua estação, o resto você acha rapidinho.
Comidas – O famoso strogonoff é da Rússia, mas o melhor é o nosso. Lá eles comem strogonoff com purê de batata, diferente, mas não deixa de ser bom. Os pratos geralmente são pequenos e um tanto quanto caros. Mas há opções baratinhas, como lanches e fast food russo.
Um lugar que a gente gostou foi o restaurante My My, que é self service. É um pouco mais caro, ma lá certamente você come bem e dá pra ver a comida que você quer, muito mais fácil de escolher. Algumas vezes cardápios em inglês pode ser uma tarefa difícil.
Mercado – Fomos até o mercado Ismailovski (estação de metrô com mesmo nome) para comprar souvenirs. É um parque enorme com várias barraquinhas das famosas matrioskas e outros objetos, e com preço muito mais em conta que no centro da cidade. Dá até para fazer uma boquinha por lá. Se você explorar um pouco mais o local vai encontrar ainda o Museu da Vodka. Vale o passeio se estiver com tempo sobrando.
Circo – Sempre ouvi dizer que os russo são feras na arte circense e obviamente reservamos uma noite para ir ao circo. Mas que decepção, hein Rússia? Tava amarradão pra ir ao circo e foi uma merda.
Primeiro porque mais parece um teatro do que circo. É muuuuita falação e pouca ação mesmo. Segundo que o circo é pra russo mesmo, não entendemos nada. E, meu, cadê os palhaços, os trapezistas, mágicos… Cadê? Jogamos u$ 30 no lixo.
Vodka – Até parece que ia passar pela Rússia sem tomar umas vodkas. E logicamente teria que ser num lugar tradicional, cheio de russos. E achamos, no Druzhba Cheburechnaya, que fica na estação Sukharevskaya. É um bar da época da união soviética que serve vodka e pastel. Tem cerveja também, mas todo mundo fica só na vodka. Saindo do metrô, há uma pequena pracinha com gramado,o bar é bem em frente a esse gramado, o último da rua.
Conhecemos um grupo de marketeiros russos que conhecem música brasileira e Jorge Amado. Muito legal isso, porque em muitos lugares que passamos ninguém sabe nada do Brasil. E nem precisamos perguntar, hein, eles que começaram a cantar e falar. E eles estavam putos da vida porque frequentam o lugar há 30 anos e agora está sendo infestado de hippsters, segundo eles.
Recomendamos muito se você quiser ver de perto a bebedeira russa, bem tradicional. Só servem a vodka e o pastel, em um copinho e pratinho de plastico, pagos pelo cliente também. Vá cedo, tipo umas 18h. O lugar é só pra “beber uma caninha” depois do trabalho e as 21h já está fechando.