Por Na Brancato

Você conhece Colombo – Sri Lanka? Há quem pense que o Sri Lanka é uma mini Índia. Ainda não fui para a terra dos marajás, mas sei que por lá as coisas são bem confusas. Não deixe se enganar com essa falsa comparação.

Quando pensamos ir para o Sri Lanka entrei em contato com o consulado do país em São Paulo e prontamente o Sr. Rohan Fernando nos respondeu. Descobri que ele era o cônsul, e seu nome meio indiano com sobrenome português (Fernando é sobrenome) me chamou a atenção. Marcamos uma conversa que foi decisiva para a nossa confirmação. Uma mistura de história com paisagens naturais nos foi apresentada. Tudo o que queríamos!

O país foi descoberto por Colombo (daí o sobrenome Fernando e tantos outros), mas também teve colonização holandesa e britânica. Para quem não tem ideia de onde fica o Sri lanka, é bem ali embaixo da Índia, e a diferença entre a fertilidade das terras fez os indianos crescerem os olhos no país. Desde sua independência em 1948 foram 25 anos de guerra civil e 70 mil mortos. A guerra felizmente acabou em 2009.

Ao chegar em Colombo, as pessoas vestidas com os sáris, os tuktuks nas ruas e um trânsito um pouco atrapalhado pode até assustar, mas são consequências de uma cidade grande. Mesmo assim alí já da para sentir a hospitalidade e cordialidade dos cingaleses.

Depois de passarmos quase 1 mês vendo deserto, o verde do país logo nos encantou. Até a chuvinha de boas-vindas nos fez bem!

Templo budista Gangamaya

Templo budista Gangamaya

Conheça em Colombo o templo Gangamaya e as redondezas do antigo Dutch Hospital, que agora é uma galeria chic e que tem o famoso restaurante Ministry of Crab. Não experimentamos porque, hum, não gostamos tanto assim de caranguejos para gastar nossas economias em um jantar.

O templo Gangamayaé a principal atração de Colombo

O templo Gangamaya a principal atração de Colombo

Antigo hospital alemão. Hoje é uma galeria para os gringos

Antigo hospital alemão. Hoje é uma galeria para os gringos

Há o Pettah market, bem do lado da estação de trem (Colombo Fort), mas não tem nada de interessante, uma feirinha cheia de coisas falsas. Nos iludimos e seguimos para o floating market, que parecia ser legal, mas quase não tem lojinhas e as coisas vendidas são as mesmas da feirinha anterior.

Floating Market parece legal, mas não tem nada!

Floating Market parece legal, mas não tem nada!

Assim como em todo o país, o melhor jeito de circular na capital é de ônibus. Não se assuste com as más condições do busão porque o preço, cobrado pela distância que você vai, compensa. O máximo que pagamos foi U$ 4 num busão com ar-condicionado para uma viagem de 6 horas. Pergunte no seu hotel o melhor busão e vai na fé! Os tuktuks podem ser uma opção, mas nossa cara de turista fazem os preços das corridas quintuplicarem! Só andamos de busão e trem e chegamos em todos os lugares. O custo para uma semana em transporte público: U$ 40.

Orla de Colombo

Orla de Colombo

O que vale a pena está a uns 200 km de Colombo. De trem ou de ônibus, para leste ou para o sul, você vai se encantar. No sul há as famosas praias. Se não for tão rato de praia, fique em Galle. A cidade fortificada que é patrimônio da Humanidade vai te trazer agradáveis tardes. No centro do país, as plantações de chás e o clima agradável de cidadezinhas nas montanhas. Há sempre um templo, seja budista ou hinduísta. Há sempre um cingalês com um sorriso no rosto e uma bebida para te oferecer. Há também sempre um curry tão apimentado que vai arrancar risos dos locais ao te ver sofrendo. Não esqueça da Lion para acompanhar, a cerveja local.

Mala ou Mochila? Mochila vai facilitar a ida e vinda de trem ou ônibus. Mas reserve no mínimo uma semana para o país.

Onde ficamos? The Clock Inn Hostel em Colombo. Pagamos cerca de 30 dólares por noite em um quarto com 4 camas. Dá para aceitar, ou achar melhores. Fechamos em cima da hora e não tínhamos muita opção. O café da manhã é bom para um hostel.

Pesa no bolso? Não! Passagens de trem e ônibus baratas, hotéis em conta e comidas bem baratas! Os passeios também são bem baratinhos.

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