Por Na Brancato

Na cidade do Cairo, a fama de “cairótico” não é para menos. São 25 milhões de habitantes, e chegamos dois dias antes do fim do Ramadã – o mês sagrado para os muçulmanos. Sabe o que isso significa? Imagina você se hospedar próximo da rua 25 de março dois dias antes do Natal….foi o que aconteceu conosco.

A primeira noite assustou, e como tínhamos que acordar cedo para ir às pirâmides, decidimos nos trancar no quarto do hostel. No dia seguinte a noite tentamos achar um bar, ô coisa difícil! Quase não se vende cerveja em Cairo, e os bares são velhos, abandonados, como toda a cidade. Cairo nos deixou um aspecto negativo, de algo grandioso no passado, mas que foi abandonado. Vejo isso como um reflexo de muitos anos de ditadura do país, seguido pela crise turística.

Cairo se resume em prédios velhos e calçadas de areia

Cairo se resume a prédios velhos e calçadas de areia

No dia final do Ramadã é feriado, e tudo, absolutamente tudinho estava fechado. Pegamos um taxi até city stars, um complexo de hotéis e lojas (internacionais inclusive) e lá conseguimos comer algo, mas nem todas as lojas estavam abertas. Tentamos ir no mercado Khan El Kalili, que dizem ser o maior do mundo, mas só uma meia dúzia de barracas estavam lá, sem muito esforço também para negociações.

Absolutamente tudo fechado no fim do Ramadã

Absolutamente tudo fechado no fim do Ramadã

Com isso desistimos de visitar a Cidadela ou o bairro copta. O calor nos consumiu, e a maior parte do tempo dos dois dias que ficamos em Cairo (a princípio eram três) foi destinado as pirâmides, Museu do Cairo e ao hostel, que se resume em um andar de um prédio velho com alguns quartos que se salvam pelo ar-condicionado.

A roupa é outro ponto crítico. Saí uma noite com shorts e senti todos os olhares para mim. E depois de analisar, percebi que era a única a me vestir assim em toda a cidade.rs. Mesmo me vestindo comportadamente ainda éramos o centro das atenções. E não estou me achando não. O famoso aqui foi o Batata, que fez a alegria dos meninos que o parava para tirar fotos.

Praça Tahir. Ponto de encontro das manifestações da Primavera Árabe em 2013

Praça Tahir. Ponto de encontro das manifestações da Primavera Árabe em 2013

 

Mala ou Mochila? Mochila, dois dias. Pouca roupa, coisa simples e que cubra o corpo.

Pesa no bolso? Definitivamente não. O táxi mais caro que pegamos foi cerca de 10km e pagamos 20 libras egípicias (U$2,50). Há comidas de rua baratas, ou mesmo restaurantes.

Onde ficar? Ficamos no One Season Hostel e não recomendamos. É assustador!

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