Por Na Brancato
Visitar o Egito entrou nos meus planos em 2013. Antes disso, a minha ideia do país era de um sítio arqueológico gigante. Depois da primavera árabe senti que os egípcios buscavam seu lugar ao sol, e me interessei por este povo que parecia querer prosperar. Doce ilusão.
Depois de ter passado 12 dias no Egito voltou a ideia de um grande sítio arqueológico. Isso porque os egípcios, aqueles que atiçaram minha curiosidade, não fazem por merecer. A primeira vista se fazem de simpáticos, mas estão sempre querendo extorquir os turistas. Os seus cinco minutinhos podem demorar meia hora e o custo de 50 libras egípcias valem na verdade nem cinco libras. É cansativo, chato, irritante. Como prosperar assim?
O país é lindo e vale mais do que as visitas aos templos e tumbas, mas a beleza do mar vermelho contrasta com a precariedade de suas acomodações e serviços. O Egito parece ter vivido seu tempo áureo bem distante do abandono encontrado hoje.
A primavera árabe fez o país dar um giro de 360 graus. Literalmente. Hoje, depois de tanta matança e revolução, são os militares que estão no poder e ainda por cima há o Isis cobrando suas terras prometidas pela irmandade muçulmana na sua rápida passagem pelo governo durante a revolução. Tudo como antes.
Será que era isso que o povo buscava? Tenho certeza que não. Além de tudo, isso afastou o turismo e seus investimentos, e o que se vê hoje no Egito são construções enormes paradas, abandonadas e preços abusivos em cima de meia dúzia de turistas.
A ocasião faz o ladrão, não dá para culpar seu povo totalmente pela situação que estão. Aliás, eles são consequência disso tudo. Por toda riqueza histórica que o país possui e por sua conservação, desejo que o Nilo traga bons ventos ao Egito e ao seu povo.
Que triste! Ate tenso!