Por Na Brancato
O Mundo é feito de pessoas, não poderia ser tão diferente assim. Somos todos humanos, nossos instintos são os mesmos. Claro, que se falarmos de costumes e culturas há uma diferença enorme, mas a Terra não é tão grande assim quanto pensamos. Por outro lado, ele tem tantos lugares para se conhecer, que talvez uma vida inteira viajando não seja o suficiente.
Mesmo saindo do Brasil com a sensação de que o país passa por maus momentos, e sabendo que estamos voltando com ele na lama, literalmente, enchemos a boca para dizer toda vez: Somos do Brasil. E a reação de todos sempre foi a mesma, incrível! “Oh Brazil! Tell me more about Brazil..”. E com o nosso inglês limitado não poupamos de apontar o dedo para nossos defeitos, mas soubemos nos defender e mostrar um Brasil diferente do senso comum. Tivemos ótimas conversas, pudemos compartilhar as mesmas aflições com alguns cidadãos de terceiro mundo, e espantar alguns dinamarqueses ou alemães. Soubemos ouvir e elogiar países evoluídos, assim como tivemos também muitos interessados em nos ouvir.
Fizemos amigos, que em pouquíssimo tempo poderíamos chamar de amigos mesmo. O Mundo está cheio de boas almas e isso nos motivou a seguir conhecendo pessoas. Muito de nossas impressões sobre determinado país vem a partir de com quem cruzamos. Porque não podemos limitar um país às suas fronteiras ou relações políticas.
A ideia inicial de mostrar para os brasileiros que o Oriente Médio pode e deve ser visitado continua. Conseguimos provar que essa região é linda, e a exploraríamos muito mais se tivéssemos mais tempo. Alguns países entraram no nosso roteiro, como Nepal, Armênia, Geórgia e Rússia, e outros tiveram que sair, por questões de logística ou de imigração, como o Irã.
Começamos a viagem na Turquia, nossa segunda casa. De lá partimos para o Líbano e descobrimos que não é assombroso. Chipre, local de festa dos teens europeus. Egito, quanta história incrível. Jordânia, a melhor comida – o Mensafeh.
Aí partimos pra Ásia e conhecemos a encantadora Sri Lanka. Passamos três vezes pela Malásia, mas nada de mais. Cingapura é o lugar da riqueza, dos negócios e da modernidade. China, não sabemos realmente o que pensar de você. De saco cheio fomos para Indonésia e descobrimos o paraíso.
Depois veio o trio clássico dos mochileiros, a começar por Camboja, que deixou um pouco a desejar. Busão de 4 horinhas e chegamos na histórica Vietnã. Mais um busão de 27 horas e chegamos ao Laos, lugar desconhecido para nós que se tornou um dos mais legais.
Decidimos colocar o Nepal no roteiro, lugar memorável. De lá pra louquissima Índia e fim de Ásia. Sem querer chegamos na Europa pela surpreendente Rússia. De lá para o Cáucaso, saborear a incrível culinária da Armênia e explorar a Geórgia e suas montanhas nevadas.
E voltamos para o Oriente Médio, e conhecemos a cosmopolita Tel Aviv e a religiosa Jerusalém, em Israel. Antes de ir embora para casa, mas um pouquinho de Istambul para nos despedirmos.
Não podemos dizer que não gostamos do país x ou y, seria uma avaliação injusta. Em uma viagem como a nossa, acabamos passando muito rápido em alguns países e a primeira impressão não pode representar tudo que ele poderia nos oferecer.
Se dá saudade do arroz e feijão? Claro que dá! De tomar banho sem chinelo? Dá também. Bate o cansaço, a vontade de comer comida caseira, de ir no seu boteco preferido. Mas dá vontade também de ter todos os amigos alí conosco, ou de ligar para os nossos pais todos os dias e agradecê-los por ter nos dado o Mundo!
Voltamos para a terra abençoada agradecendo por não termos tido nenhum problema grave durante nossa viagem. Nenhuma visita ao hospital, nenhum voo perdido, bagagem extraviada, ficha na polícia. Nada. Só trazemos boas histórias e recordações, como boas férias devem ser!
A viagem acabou, mas ainda temos muito o que contar! Talvez até o fim da vida lembraremos de uma história, uma paisagem, um sabor. Continuaremos escrevendo aqui nossas impressões sobre os 19 países que conhecemos.
Colocaremos nossas fotos, vídeos e ideias em ordem para assim, quem sabe, já começar a planejar a próxima.
Grande batata!! Estou partindo para minha volta ao mundo sem avião agora dia 27 e a adrenalina tá batendo forte. Curti seu relato aqui, pena que vocês estão voltando, senão marcávamos um rolê em algum canto desse mundo.
Abração e mantem contato ae!! Dá uma olhada lá no site, vai conseguir acompanhar tudo de perto.