Por Na Brancato
Desde quando fechamos ir para Hong Kong o único passeio que eu fazia questão era ir pra Macau. O lugar também não é China, nem Hong Kong. Sei lá o que é, só sei que a língua oficial é o português, que é uma ilha e que o trecho Hong Kong – China é feito em uma hora. Sim, muito confuso tudo isso. Pesquisando um pouco descobrimos que poderíamos ter um almoço português e até comer um arroz, feijão e bife.
Decidimos que seria o nosso passeio de domingo, e apesar do dia amanhecer chuvoso pegamos a balsa que custa U$ 50 (ida e volta) em direção à terrinha. Dica importante: tem que levar passaporte!
É engraçado ver logo na imigração tudo escrito em português. Pegamos um ônibus para o centro e cada parada era narrada : “próchhima exxtação, hospital são cunrado”.
O centrinho tem uma Santa Casa e o chão do calçadão de Copacabana. Mas na verdade me senti na China mesmo com o tanto de gente que tinha ali. Com guardas-chuva abertos então, desesperador.
A ideia é ir andando nas ruazinhas e se divertir com as placas de “dentista”, “farmácia” e até Largo da Sé tem com uma igreja. Tem também a pastelaria, que no português de Portugal é quase uma patisseria, e que em Macau vendem os pasteizinhos de Belém e uns biscoitinhos bem bons.
Andamos pelas ruas em busca de um restaurante brasileiro e a felicidade e emoção de achar a placa “Yes Brazil” acabou no mesmo instante que demos com a porta fechada. Arriscamos então comer um português, no restaurante Ou Mun Café e os bolinhos de bacalhau com gosto de nada da entrada nos fez desistir do prato típico. Mandamos um bife com molho de creme de leite. O pedido todo feito em inglês, porque apesar do idioma oficial ser português, ninguém ali fala nem um Neymar sequer.
Pegamos um ônibus que nos levou ao outro lado da ilha. Pode-se dizer que Macau é dividido. De um lado esse centrinho fofo e de outro um baby Las Vegas. Sim, cassinos! Tem o MGM, Wyn, Venetian (o mais famoso e maior), entre outros. Dá pra ver outros prédios sendo construídos e a noite já dá para se ter uma ideia de onde a cidade está pretendendo chegar.
Fomos no Venetian e ele é uma cópia exata do de Las Vegas, com shopping e até o canal com a gôndola pra passear (quem paga por isso, sério?!). Pra variar apostamos pouquíssimos dólares e, claro, perdemos. Pegamos o ônibus gratuito do Cassino para o pier, e de lá a balsa de volta para Hong Kong. Voltamos sem comer nosso PF, mas com um passeio diferente de domingo.